Em meio a muitas polêmicas e percalços, a BYD anunciou a data de início de sua produção no Brasil, na fábrica de Camaçari (BA). Será em 26 de junho de 2025, conforme anunciado pelo vice-presidente sênior da operação no país, Alexandre Baldy, durante o evento de lançamento do novo Song Plus.
“Eu quero marcar uma data para convidar todos vocês, no dia 26 de junho, às 9 horas da manhã, para verem o primeiro BYD sendo feito na fábrica de Camaçari”, afirmou Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da marca no Brasil, a jornalistas que acompanhavam o evento.
O executivo não deu mais detalhes sobre qual será o primeiro modelo montado no local, mas já se sabe que os dois produtos escolhidos para a primeira fase da produção nacional da BYD são o elétrico Dolphin Mini, que será o primeiro modelo elétrico montado em série no país, e o Song Pro, híbrido plug-in que deve ter o motor convertido para flex no processo.
Inicialmente, o cronograma previa o início das atividades em março deste ano. Contudo, após uma denúncia de trabalho análogo à escravidão feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o planejamento atrasou e a BYD corre contra o tempo para iniciar a montagem local antes do aumento do Imposto de Importação para veículos elétricos e híbridos, que terá sua alíquota aumentada para 28% no caso dos PHEV e 25% no dos elétricos.
Embora a produção da BYD em Camaçari comece em regimes SKD e CKD — kits e peças vêm prontos da China e são apenas montados e finalizados aqui —, a meta é aprimorar o nível de nacionalização até o fim de 2026. A planta terá capacidade de fabricar até 150 mil unidades ao ano, de até 12 modelos diferentes.
Além de Dolphin Mini e Song Pro, a BYD deve produzir no Brasil o hatch médio Dolphin e o SUV compacto Yuan Pro, que terão a criação de inéditas configurações híbridas flex plug-in para serem produzidas aqui junto das já existentes variantes elétricas. Posteriormente, haverá uma família de picapes formada por uma intermediária rival da Fiat Toro e uma compacta para competir com Fiat Strada.
