Pedido de socorro de um morador

A poluição sonora que acontece nas noites de Camaçari, e a baderna sem controle que se repete nas madrugadas da cidade, coloca em cheque qualquer plano de segurança. Bares que funcionam sem regra até o dia clarear, com musicas no último volume, e frequentadores que utilizam as ruas dos bairros para suas necessidades fisiológicas, provocam terror nos moradores, que se tornaram prisioneiros em suas casas. Bairros como a Gleba B e Inoccop, são locais onde os residentes perderam quase que por completo o sossego e seus direitos a segurança.

Uma simples visita das autoridades pela Avenida Concêntrica na Gleba B, na Via principal do Inocoop, bem como nas proximidades da Cidade do Saber e do Horto Florestal, será fácil perceber que a cidade precisa de ordenamento nessas questões de bares, funcionamento nas madrugadas e poluição sonora. É preciso na verdade, que o Chamado Plano Municipal de Segurança Pública de Camaçari, seja colocado em prática, ou o municio continuará perdendo.

Recentemente um Plano Municipal de Segurança Pública de Camaçari foi apresentado na primeira Reunião Ordinária do Comitê Interinstitucional de Segurança Pública (Cisp) de 2025. O ato solene ocorreu no dia 20, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ­– Subseção Camaçari, com a presença de autoridades do Executivo municipal, do Judiciário, e das polícias Civil e Militar.

O destaque do encontro representativo foi dado pelo prefeito Luiz Caetano, que em sua fala externou a felicidade em receber o documento. “Eu acho que isso facilita para que esse plano possa ser viabilizado, na prática, no nosso município. Vai passar esse momento de reorganização, que estamos fazendo, e vamos discutir junto com o secretariado municipal para determinar o que vamos fazer primeiro, e como vamos articular”, afirmou.

O fato de Camaçari ser o primeiro município da Bahia a ter o Plano de Segurança Pública, foi destacado com orgulho pela promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Aline Cotrim, que, na ocasião, fez um breve histórico e afirmou estar satisfeita com o resultado alcançado. “O Cisp Camaçari foi instituído em 2015, com pauta à implementação desse plano, que tem como objetivo fazer frente aos organismos de segurança pública do nosso município. Hoje, vamos colher os frutos desse trabalho de anos, realizado há tantas mãos, que representa o empenho de todas as instituições, bem como da sociedade civil”, disse.

A representante do MP-BA, ainda, pontuou que o plano é baseado em evidências. “A segurança pública tem que ser feita e combatida não apenas com polícia, mas com ações efetivas de prevenção, que o plano também prevê. Estou cheia de expectativas positivas”, completou Cotrim, que também ressaltou a disponibilidade e o interesse da gestão municipal em atuar na segurança pública.

O Plano Municipal de Segurança Pública de Camaçari foi construído ainda com a contribuição da Universidade Federal da Bahia (Ufba), representada pela professora e coordenadora do Curso de Mestrado Profissional em Segurança Pública, Justiça e Cidadania (MPSPJC) da instituição de ensino, Ivone Freire Costa, que explicou como foi o processo de construção. O plano é dividido em três grandes temas – gestão, infraestrutura e integração social – que se dividem em ações e metas bem distribuídas. Foi feito para pensar a cidade a partir das múltiplas intersetorialidades que a segurança pública abarca, como, por exemplo, educação, saúde e assistência social. Nessa perspectiva, o plano está organizado para funcionar para Camaçari.

Ainda participaram do evento a Procuradora-Geral de Justiça Adjunta para Assuntos Jurídicos, Wanda Figueirêdo; o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Ricardo Santana; o coordenador da Polícia Judiciária da Região Metropolitana de Salvador (RMS), delegado Nilton Tormes; e o Coordenador Geral das Comissões da OAB ­­– Subseção Camaçari, Rogério Costa.

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