De acordo com site da Federação dos Bancários, os moradores de Camaçari estão indignados com a decisão do Bradesco de encerrar as atividades de sua maior agência na cidade, que possui mais de 300 mil habitantes e abriga o polo industrial mais desenvolvido da Bahia. O anuncio sobre o fechamento da unidade, previsto para 11 de abril, foi feito sem qualquer diálogo com o Sindicato dos Bancários de Camaçari (SINDBAN).
A decisão vai impactar diretamente na vida de milhares de pessoas e levanta questionamentos sobre a responsabilidade social do Bradesco com a população local. Muitos clientes temem que a redução no atendimento bancário gere mais transtornos, filas ainda maiores em outras unidades e dificuldades para a realização de serviços essenciais, especialmente para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Para o SINDBAN, a atitude do banco é um desrespeito aos trabalhadores e à comunidade. “Essa decisão foi tomada sem qualquer discussão ou formalização conosco. O Bradesco, que tem lucros bilionários, opta por fechar uma agência estratégica sem avaliar o impacto para a cidade e sociedade Camaçariense. É um absurdo!”, declarou a presidente do SINDBAN, Thaise Mascarenhas.
A população também demonstra insatisfação. “É uma falta de compromisso com os clientes. Já enfrentamos dificuldades no atendimento e agora será ainda pior”, disse um morador de Camaçari que utiliza frequentemente os serviços da agência.
Ainda não há informações oficiais detalhadas sobre como o Bradesco pretende reorganizar o atendimento na cidade após o fechamento da agência, porém, especula-se que os 30 funcionários da agencia Radial (3579) e seus mais de 18 mil clientes migrarão para a agência 0826, na rua da Bandeira, unidade que já sofre com a lotação dos seus de 25 mil clientes.
O SINDBAN, a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, a COE Bradesco e o Sindicato da Bahia estão mobilizados para tentar reverter a decisão ou, ao menos, minimizar os impactos causados por ela.
O Bradesco tem sido alvo de críticas por sua postura, que ignora as necessidades da população e dos trabalhadores e vem fechando agências em dezenas de cidades da Bahia.