Casos de estupros de adolescentes nas festas de Natal ocorreram em várias cidades, vejam aqui dois casos
Um Natal em família terminou em estupro em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Uma adolescente de 16 anos relata que foi estuprada pelo próprio cunhado, de 25 anos.
A menor relatou que estava com a irmã e com o cunhado na casa deles, além de outros convidados. Todos fizeram uso de bebida alcoólica durante a noite e a madrugada de Natal. Ao longo da confraternização, a irmã discutiu algumas vezes com o companheiro.
A adolescente relatou que foi dormir por volta de 4h. Em determinado momento da madrugada, ela acordou ao sentir um toque em sua genitália, mas estava sonolenta, sem saber discernir ao certo o que estava ocorrendo e, em seguida, sentiu a presença de um homem debruçado em seu corpo, que forçou a penetração. A vítima contou que “tudo ocorreu muito rápido e, diante da situação, permaneceu inerte e não conseguiu reagir, tampouco pedir por ajuda”.
Logo após o crime, a vítima chamou uma corrida por aplicativo e pediu ajuda a mãe, que chamou a polícia. Muito nervosa e fragilizada, a adolescente não conseguiu passar nenhuma informação do suspeito. Ela relatou que beijou um rapaz na festa, mas que ele não tentou nada contra ela.
A irmã da vítima disse aos policiais que “não colocava as mãos no fogo pelo marido” e relatou alguns casos em que o homem de 25 anos é suspeito de cometer abusos contra parentes e vizinhas na região. Ela ainda contou que quando ele soube que a polícia iria até a casa, saiu para “comprar cigarros” e não voltou.
A vítima foi encaminhada ao hospital, onde foram constatados sinais de estupro. Já mais calma, após vários atendimentos, a adolescente disse que “quando tudo ocorreu, sua reação foi de retrair o próprio corpo, sem forças para qualquer reação, mas pela voz dos gemidos e pelo cheiro, identificou o cunhado como autor do estupro”. Ela alegou que não falou nada antes por “temer a reação das pessoas envolvidas e por temer que todos desacreditassem da palavra dela”.
O homem foi procurado pela polícia, mas não foi localizado durante toda a segunda-feira (25 de dezembro).
Na Bahia
A menina de 15 anos que foi vítima de um estupro coletivo na cidade de Santana, no oeste da Bahia, contou à polícia que havia sido abusada sexualmente por um dos suspeitos, que também é adolescente. A informação foi confirmada pelo delegado Leyvison Rodrigues, responsável pelo caso.
O caso de estupro coletivo aconteceu na noite de domingo (24), em uma festa para celebrar a véspera do Natal. A menina não sabia que o suspeito estaria no evento.
De acordo com o delegado Leyvison Rodrigues, a garota foi vítima do primeiro estupro dias antes do abuso coletivo. Essa foi a primeira ocasião em que ela encontrou o suspeito e o caso não foi denunciado.
“Ela contou que sofreu violência desse menor que está apreendido, na casa de uma amiga. Ele apalpou os seios dela e esfregou o órgão genital nela”, contou o delegado.
Dias depois, na véspera de Natal, a vítima estava com duas amigas: uma de 13 e outra de 17 anos. Os respectivos namorados das duas adolescentes convidaram todas para uma festa na casa de um amigo “maior de idade”. O nome do jovem não foi divulgado.
Todas as meninas foram para o local. Ao chegar no evento, a adolescente de 15 anos foi surpreendida com a presença do suspeito. Ela foi agredida por ele e outros dois adolescentes, que a abusaram sexualmente.
Uma das amigas tentou ajudá-la, mas foi xingada, agredida e expulsa da casa.
Após o estupro coletivo, a vítima e outras pessoas que estavam no evento foram expulsas pelo jovem de 18 anos, dono da casa.
“Ela foi até a casa da tia, que era próxima, e a tia ligou para a polícia. Os pais a buscaram no local e a levaram para o hospital. Ela está recebendo todo o apoio psicológico e jurídico”, disse o delegado.
O adolescente que já havia estuprado a vítima anteriormente foi apreendido após ser agredido por moradores da região e precisar de auxílio médico.
Ele sofrerá uma internação provisória de 45 dias e será levado para uma casa de apoio ao adolescente infrator em Salvador ou Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
Os outros dois adolescentes ainda não se apresentaram na delegacia.