Por volta do meio dia desta segunda-feira (22), como acontece todos os dias durante a semana, centenas ou milhares de crianças e adolescentes , que saindo de suas escolas, publicas ou privadas, incluindo o colégio Denize Tavares, que tem o portão de entrada na Radial C, mas o muro dos fundos na Gleba B, superlotam as calçadas, movimentando-se como um formigueiro humano, indo em todas as direções, e perigosamente atravessando a movimentada Avenida Concêntrica, que faz as vezes da rua principal do bairro, por onde trafegam muitos carros, motos, ônibus, caminhões e bicicletas.

Foi justamente em uma das esquinas mais movimentadas, que aconteceu o fato que dá título a este texto. Ali, onde fica localizada a Eletrônica Bobina Marley, ao lado da Jakys Papelaria (Meu Deus, que saudade de Jaky), que uma garota colocou sua vida em risco.

Ela que deve ter em torno de 11 anos, usa óculos e aparenta aquela timidez comum desta idade, iniciou a travessia da rua sem olhar para os lados.

Quando ela colocou os pés na via e deu cerca de dois passos, um carro vinha em sua direção, na distância e velocidade suficiente, para acertar em cheio o seu corpo, seria um triste acidente, e a garota ficaria muito machucada, talvez indo a óbito, pois o impacto seria muito forte. A frente do carro pegaria a menina pelo lado do corpo, quebraria perna, bacia, enfim, seria trágico, pois ela não esboçou reação, não tentou saltar, não colocou a mão na frente na tentativa de se proteger. Continuou andando.

Foi tão rápido, que poucas pessoas viram a cena, entre centenas de crianças atravessando a rua, carros e motos subindo e descendo, apenas duas pessoas viram o acidente que iminentemente iria acontecer, um homem que estava parado na calçada, bem próximo, esperando uma oportunidade para atravessar e o motorista do carro.

Quando o homem percebeu que o acidente iria acontecer ele começou a gritar desesperadamente, para pelo menos tentar alertar a garota, ou quem sabe o condutor do veículo.

Dificilmente o motorista iria ouvir, pois o vidro do carro estava fechado, a garota com certeza não ouviu, pois do jeito que ela entrou na rua ela saiu, sem olhar para o lado. Atravessou andando como quem foge de algo.

Ela foi salva, porque o motorista teve tempo de reagir e freou o carro, que parou cerca de um palmo do corpo da menina.

O que parecia ser impossível, tornou se real, a menina saiu ilesa do acidente, que quase aconteceu.

Por hora, gostaríamos de alertar a todos os condutores de motos, carros, ônibus, caminhões e bicicletas, que a Avenida Concêntrica, no trecho da Gleba B, passa por um bairro densamente povoado, com milhares de moradores, por isso os cuidados devem ser redobrados.

Também, gostaríamos de alertar aos moradores, que o trânsito naquela pista é intenso e requer muito cuidado ao atravessá-la, inclusive é importante aumentar o cuidado com as crianças. A Concêntrica é tão, ou mais perigosa, do que uma rodovia, quando passa por uma área urbana.

Por fim, gostaríamos de alertar a Superintendência de Trânsito e Transporte de Camaçari (STT), para a sinalização daquela rua, as faixas de pedestres estão todas apagadas, bem como a pintura dos redutores de velocidade. Além disso, a desobediência de condutores, que estacionam em lugar proibido, que realizam carga e descarga em horário desregrado, alta velocidade entre outras barbeiragens, são motivos mais do que suficientes para que a Prefeitura Municipal de Camaçari, através do seu órgão competente, organize e ordene o trânsito, a mobilidade e a segurança dos transeuntes naquela referida localidade.

No título desse texto foi escrito que uma “Menina quase morre atropelada na Gleba B”. Esse “quase”, além de ter sido uma segunda chance para todos nós, é um alerta.

By admin