Após três anos atuando na liderança operacional de uma rede de cuidados, o Founder da Doctor Smart, Jean Marcos, revela que a ‘burocracia’ é um dos maiores comprometedores do sistema de saúde.
Segundo o último relatório do IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde) e da Umane, cerca de 72 milhões de brasileiros estão desassistidos pela atenção básica de saúde. Essa parcela, que corresponde à 34% da população nacional, ocupa capitais e municípios sob o desafio de receber acesso equitativo aos cuidados médicos.
Gerando um ‘efeito rebote’, o descaso com a saúde levou os brasileiros à buscar cada vez menos os cuidados primários. Prova disso é que cerca de 62% dos brasileiros que necessitaram de atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) no último ano, não chegaram nem mesmo à buscar ajuda profissional, segundo a pesquisa da Vital Strategies e a Umane.
Entre os motivos relacionados à postura de não buscar o atendimento, o estudo “Mais Dados, Mais Saúde” elenca a ‘superlotação e demora no atendimento’ (46%); burocracia no encaminhamento (39%); automedicação (35%) e a crença de que o problema não é grave (34%).
A complexidade para desburocratizar o acesso à assistência médica – 2º maior reclamação dos brasileiros – foi sentida na prática pelo baiano Jean Marcos. Após atuar na linha de frente de uma unidade básica de saúde em Lauro de Freitas (BA) durante três anos, o ex-gestor revela que a burocracia nos processos assistenciais é um dos maiores comprometedores da rede de atendimento eficaz, punindo usuários, mas também profissionais da área e demais colaboradores.
“Esse cenário não nasce apenas da falta de profissionais ou de equipamentos. Ele é, sobretudo, resultado de um modelo ultrapassado de gestão, que insiste em depender de ferramentas manuais, processos fragmentados e fluxos de informação que não conversam entre si. Na prática, a saúde pública ainda é movida por papel, carimbo e fila — em um mundo onde tudo ao redor já foi transformado pela tecnologia. Enquanto outros setores conseguem criar ferramentas ágeis e digitais, o cuidado em saúde segue preso a agendas físicas, prontuários incompletos e sistemas que não se integram”, destaca o ex-gestor.
Não é atoa que o dossiê “Mais Dados, Mais Saúde” revela que o atual sistema, seja público ou privado, necessita de maiores investimentos e melhorias na gestão dos serviços. Revisitando este cenário, Jean Marcos, aos 31 anos, teve uma ideia ousada, mas transformadora: criar um elo simples e humano entre pacientes e profissionais da saúde, através da iniciativa especial ‘Doctor Smart’.
Ciente das dificuldades e dos desafios, principalmente da população nordestina, o Founder da Doctor Smart empreendeu com criatividade, inovação e resolutividade, após acumular experiências significativas como gestor de operações do setor. Empreendedor negro e baiano, Jean assina uma nova forma dos pacientes obterem uma rotina junto aos profissionais de saúde, levando agendamento online de consultas; rede integrada de cuidado (encaminhando de médico para médico); exames e consultas via telemedicina (reunidos em um só lugar); prescrições e encaminhamentos digitais, além de promover um estilo saudável – tudo em um só lugar.
Trazendo inovação direto do Nordeste, a tecnologia promove também auxílio aos médicos, que receberão suporte tecnológico para desafogar as demandas com ainda mais assertividade. Dentro da Doctor Smart, os profissionais terão acesso à um prontuário eletrônico personalizado; gestão simplificada de pacientes e consultas (agendamento, acompanhamento, histórico); possibilidade de atender via telemedicina; ferramentas administrativas; integração médica; comunicação facilitada, página personalizada, além de se posicionarem na plataforma, atuando junto aos convênios.
Com uma equipe multidisciplinar, a proposta do ex-gestor de saúde é implementar ferramentas internas que simplifiquem rotinas médicas, reduzam barreiras e fortaleçam a relação entre especialistas e pacientes. Através da plataforma, os profissionais da área da saúde passam à reunir, em um único local, agenda, prontuário e demais mecanismos de apoio à decisão clínica. Nesse sentido, os médicos passam à ganhar mais tempo e organização, enquanto o paciente usufrui dos cuidados contínuos dentro da mesma rede digital de saúde.
“Nossa missão é transformar a saúde privada na América Latina em uma experiência simples, humana e acessível, criando um ecossistema que conecta médicos e pacientes em uma rede de cuidados contínuos. Queremos facilitar o dia a dia dos profissionais, reduzindo burocracias e otimizando seu tempo, ao passo em que ajudamos pacientes a cuidar da saúde, prevenir doenças e melhorar sua qualidade de vida. Mais do que uma plataforma, buscamos deixar um legado de representatividade e impacto social, mostrando que é possível, sim, romper barreiras e construir soluções inovadoras que aproximam pessoas, fortalecem vínculos e promovem um novo jeito de viver a saúde”, conclui.
