Em um vídeo que circula na internet é possível perceber que tentaram socorrer um homem na UPA da Gleba A, inclusive realizando no chão da recepção da unidade, por uma agente do SAMU a manobra de reanimação cardíaca, na tarde desta terça-feira (09/01/24), porém, sem sucesso, pois segundo informações a vítima evoluiu para óbito.
Uma servidora da saúde municipal que observou o vídeo, a pedido do site Compartilha Bahia, disse que chega ser revoltante, pois ela sabe que no início do ano, crescerá a procura por essa única e insuficiente UPA, que atende a população do distrito sede de Camaçari. O que já estava um caos, caminhará para uma situação catastrófica. Depois das festas a tendencia é piorar com doenças respiratórias, mas a SESAU não monta uma estratégia para evitar as mortes.
Outra servidora chama os titulares da Secretaria de Saúde no Município de hipócritas, que enchem a boca para dizer que a situação está “toda linda”.
Para piorar a situação, os profissionais de enfermagem acabam pagando um alto preço por isso, pois os pacientes e familiares já chegam na porta da UPA agredindo com palavras de baixo calão. Cada dia que passa, é mais difícil trabalhar na Gleba A.
Nem mesmo a remuneração do Piso Nacional que os funcionários de enfermagem tem direito eles não recebem, pois mesmo com o governo federal mandando os valores retroativos, a prefeitura não repassa aos servidores.
Eles, os servidores da saúde, sofrem sobrecarga de trabalho, estresse, agressões todos os dias, e vários profissionais estão desenvolvendo a Síndrome de Burnout, transtornos psicológicos, revelando uma dura realidade de trabalho.
“Grandes verdades, somos cobrados todos os dias, pela população que é enganada em todas as mídias sociais pela prefeitura, que não dá conta da regulação, da fila zero, das farmácias do SUS no município… e diz que está tudo bem. Pura mentira. As pessoas não cobram deles. Cobram dos funcionários, que vivem de milagres. Todos os dias um funcionário faz um milagre, seja na UBS, PSF, PA ,UPA. Mas faz o milagre, porque a condição de trabalho não temos”