Sílvia Migueles, Diretora de Logística da Braskem na América do Sul e Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem (Foto: Divulgação)
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, acaba de receber a aprovação para se tornar uma EBN (Empresa Brasileira de Navegação), tendo o início das operações marítimas previsto para os próximos meses. Com a conquista da licença, a companhia poderá alugar ou ter navios com tripulação contratada para realizar o transporte marítimo de produtos. E a primeira operação da companhia na cabotagem está prevista para ser realizada entre a Bahia e o Rio de Janeiro.
O movimento da Braskem está totalmente alinhado à estratégia de expansão da disponibilidade de embarcações modernas na cabotagem brasileira, além da diminuição dos custos com fretes, da ampliação do nível de segurança nas operações marítimas e da redução da emissão de CO2 nas operações por meio de otimizações logísticas. A companhia é inclusive a primeira do segmento a operar com embarcações próprias na cabotagem. E os benefícios já estão mapeados.
A estimativa da petroquímica é que haja uma economia de aproximadamente R$ 10 MM por ano com as operações marítimas. “O momento é muito importante, pois estamos abrindo novas frentes de trabalho. E essa evolução contribuirá inclusive para aumentar a competitividade de toda a cadeia da indústria petroquímica brasileira, já que poderemos avaliar a oferta deste serviço para outras empresas parceiras no mercado nacional”, diz Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem.
Mudança de realidade
Antes de se tornar EBN, a Braskem utilizava uma embarcação com tripulação estrangeira e, a cada três meses, era preciso que o navio saísse do Brasil para realizar a renovação do visto obrigatória para embarcações internacionais. “Isso acarretava um aumento dos custos na cabotagem. A criação da EBN altera esse fluxo e facilita a nossa programação. Além disso, é algo que nos torna um player no transporte marítimo brasileiro e permite que ofereçamos serviços para companhias terceiras”, reforça Cavalcanti.
A petroquímica tem ainda a ambição de construir embarcações para suportar o crescimento da EBN e da cabotagem no Brasil. “Aumentar a nossa eficiência logística é uma vantagem comercial que ganharemos, além de diminuir a emissão de gases do efeito estufa no meio ambiente. Dessa forma, vamos continuar avançando na conquista de uma operação cada vez mais eficiente, sustentável e rentável”, afirma o gerente.