Site Camaçari Agora do jornalista João leite, traz em primeira mão a notícia que o presidente da Câmara Municipal de Camaçari sofreu uma critica dos deputados estaduais, em forma de moção reversa, por processar jornalistas que denunciam supostas propinas e má uso do dinheiro público. Um dos indícios apontados pela imprensa é o uso excessivo de placas de outdoor utilizadas pelo vereador Junior Borges para fazer apologia a sua imagem, bem como a de seus aliados políticos, como ACM Neto e Geraldo Junior.
Só em 2021, de acordo com o TCM - Tribunal de Contas dos Municipios - Junior teria gasto mais de R$ 1 milhão de reais dos cofres públicos em publicidade, incluindo obviamente, as famosas placas de outdoor. O que ele gastou em um ano, foi maior do que os ex-presidentes da Câmara Municipal de Camaçari Oziel Araújo e Jorge Curvelo, gastaram juntos em quatro anos.
Veja a integra da matéria escrita por João leite:
Assembleia faz Moção de Apoio a jornalistas atingidos por Borges
A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou uma moção de aplausos e solidariedade aos veículos de comunicação Camaçari Agora e Compartilha Bahia, atingidos pela tentativa de censura do presidente do Legislativo de Camaçari, vereador Junior Borges (União Brasil). No documento apresentado pelo deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), o parlamentar critica a ação contra o jornalista João Leite, editor do site Camaçari Agora, e Júlio Ribeiro, editor do site Compartilha Bahia.
Segundo o parlamentar, as ações judiciais como estratégia para censurar a imprensa mostra que Borges ignora a Constituição Federal, que em seu Artigo 220 garante a manifestação do pensamento e de informação, sob qualquer forma. Hilton Coelho lembra que “ocupar cargo público é se expor à fiscalização social promovida pela imprensa". Ainda segundo o parlamentar, "a atitude do presidente da Câmara de Camaçari colocou o Legislativo do Município em um capítulo da triste prática de atacar o exercício do jornalismo”.
O deputado lembra que os dois jornais e seus editores foram acionados judicialmente após noticiarem viagem de vereadores à Brasília e gasto de dinheiro público. A ação, que tramita na Justiça de Camaçari, pede indenização de R$ 28 mil por danos morais e a remoção da internet das notas que tratam do objeto do litígio.